Exposição ReFloresta
Gisele
Moura é uma dedicada aprendiz de linguagens da natureza, estudando suas
infinitas combinações, nas variadas formas de composição das mandalas, que
estão presentes em suas criações artísticas nos últimos anos.
Agora ela visita a paisagem das florestas,
bosques de pétalas, caules, botões, flores e folhas, formando imagens outras da
natureza, que invocam nossos cerrados, florestas, atlânticas matas quase
esquecidas no cotidiano das grandes cidades, aqui e ali, iluminadas por um
manacá ou ipê amarelo de alguma alameda abençoada. Uma artista que segue a
trilha aberta pelos naturalistas que primeiro viram nossos bosques, desenhando
sítios sagrados. O sagrado em plurais expressões tem sido a elaborada pesquisa
das formas, que Gisele persegue com delicadeza e sensibilidade nos padrões que
compõem o vocabulário de sua obra, já identificada por um público que cultiva a
oportunidade de ver suas exposições.
Podemos identificar a evolução destes estudos
das formas, trabalhadas com afinco nas fases anteriores, e que vem revelar as
ÁRVORES em suas poéticas manifestações, que surgem convocando nas pessoas das
cidades uma ideia, de
que é possível realizar a sua aventura humana e manter a natureza viva. Um
manifesto, querendo plantar no coração de todas as pessoas uma bela floresta,
feita de amor, música e celebração. Um gesto afirmativo da ideia de
que poderemos apaziguar as cidades e seu espírito urbano, para que viva em paz
com os outros seres vivos e sensíveis. Gisele pertence a uma linhagem de
artistas que buscam a intimidade com as paisagens, como o poeta Manoel
de Barros, que
canta os invisíveis caramujos, bichos-pau, passarinhos.
Em
harmonia com a linguagem destas obras aqui reunidas, um pequeno poema do mestre Rabindranath
Tagore:
Quando morre uma flor, nasce uma
semente;
Quando uma semente morre, nasce
uma árvore.
Assim, a vida CONTINUA O SEU CAMINHO,
mais forte do que a
morte.
Ailton
Krenak (líder
indígena, ambientalista, escritor)
#ailtonkrenak
Refloresta por Gisele Moura:
Cresci
subindo em árvores, comendo fruta no pé.
Em praças, sítios, fazendas, parques, quintais... Elas são parte de mim.
Viajava pelas estradas me encantando com matas, cerrados, caatingas...
em tantas formas e composições.
Mesmo em grandes cidades, meus olhos dançam acompanhando seus galhos, transpondo e rompendo paredes de concreto. Gosto de seguir seu caminho e lembrar que existe o céu, além dos mais altos edifícios. De imaginar suas raízes, buscando, no fundo da terra, sua força.
Mesmo em grandes cidades, meus olhos dançam acompanhando seus galhos, transpondo e rompendo paredes de concreto. Gosto de seguir seu caminho e lembrar que existe o céu, além dos mais altos edifícios. De imaginar suas raízes, buscando, no fundo da terra, sua força.
Sempre
plantei árvores. Uso lápis, caneta, pincel... Planto em telas, papéis,
guardanapos, desde que me entendo por gente. Também plantei sementes e vi o
milagre da vida mudando de forma e tamanho, guiado por obra de um grande
mistério!
Plantar árvores é resistir ao deserto. É construir sentido, em sintonia com a terra. É existir junto com cada árvore que cresce, fincando raízes no chão e se abrindo em direção o céu. É fazer parte desse processo, que na medida em que se aprofunda, também se eleva.
‘Re-florestar’ é rever nossa relação com o meio ambiente e com nossa própria natureza, é reaprender a paciência criativa. É reinventar, guiados pela força de nossas próprias raízes.
A exposição Refloresta nasceu do amor que cultivo pelas árvores. Da certeza do poder que existe em cada semente. Do desejo de ver crescer o verde que, em todas as formas, cheiros e tons, preenche os olhos, as vidas e os corações, fazendo renascer as fontes de água pura.
Plantar árvores é resistir ao deserto. É construir sentido, em sintonia com a terra. É existir junto com cada árvore que cresce, fincando raízes no chão e se abrindo em direção o céu. É fazer parte desse processo, que na medida em que se aprofunda, também se eleva.
‘Re-florestar’ é rever nossa relação com o meio ambiente e com nossa própria natureza, é reaprender a paciência criativa. É reinventar, guiados pela força de nossas próprias raízes.
A exposição Refloresta nasceu do amor que cultivo pelas árvores. Da certeza do poder que existe em cada semente. Do desejo de ver crescer o verde que, em todas as formas, cheiros e tons, preenche os olhos, as vidas e os corações, fazendo renascer as fontes de água pura.
Gisele
Moura
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