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 Prata da montanha (embaúba)
acrílica sobre tela
60 x 80 cm
vendida
 detalhes


 Sentinela de amor velando a serra (Jequitibá)
 acrílica sobre tela
30 x 50cm
vendida
 detalhes

Doce espera
(Manacá ou quaresmeira)
acrílica sobre tela
120 x 80 cm
vendida
detalhes
Sabor de infância
(Jaboticabeiras)
acrílica sobre tela
60 x 80 cm
vendida/sold
detalhe
Infância em casa de vó
(conjunto de mandalas)
acrílica sobre tela
Brincar no chão - 23 cm
Devoção - 20 cm
Sabores -  15 cm
Canteiros - 28 cm
Quintal - 30 cm

  Alpendre - 15 cm


 


De mãos dadas
acrílica sobre tela
30 cm 
vendida


Chica da Silva recebe Joana D`Arc no caminho de Saint Hilaire
acrílica sobre tela
40 x 60 cm
vendida
(encomendada pelas cidades de Diamantina, Serro e Conceição do Mato Dentro 
para presentear a cidade de Nova Orleans, França)
Cartaz da exposição Chica da Silva recebe Joana D`arc: 
memórias que se cruzam no caminho de Saint Hilaire
Casa da Chica da Silva - Diamantina/ MG


Exposição Chica da Silva recebe Joana D`arc: 
memórias que se cruzam no caminho de Saint Hilaire
Museu Regional Casa dos Ottoni - Serro/ MG
julho e agosto de 2019
link: Exposição no Serro/MG 
link para matéria do site Cientistas feministas 


A tela foi exposta em Conceição do Mato Dentro em 2020, porém foi mostrada virtualmente por causa do covid-19

                "Recebi uma encomenda da professora de história medieval da UFVJM, Flávia Amaral, para uma exposição que pretende irmanar as cidades de Diamantina, Serro e Conceição do Mato Dentro, no Brasil, e a cidade de Orléans na França. A encomenda: uma pintura onde Chica da Silva recebe Joana D'Arc no caminho de Saint Hilaire. Para quem não sabe, Saint Hilaire foi um botânico, naturalista e viajante françês, que passou por estas bandas no tempo do Brasil Colônia e realizou importante pesquisa por aqui.

Não costumo pintar encomendas, mas adoro desafios, e achei este um desafio instigante. Mas qual seria o fio que liga essas personalidades de épocas e contextos tão diferentes? Sabia que Saint Hilaire foi  nasceu em Orléans, França. A mesma cidade onde nasceu Joana D'Arc. Sabia também que Chica da Silva e Joana D'Arc foram mulheres fortes, que desafiaram e marcaram sua época. Mas elas não têm nada em comum! O que as uniria? Seria o fato de Chica ter sido quase a dona da região onde mais tarde teria passado o conterrâneo de Joana D'Arc, Saint Hilaire? Chica receberia Joana porque ela é a anfitriã da terra dos Diamantes, enquanto Joana possui um diamante dentro do coração, que a santificou?

                Comecei então a procurar símbolos que pudessem unir tanta história numa única tela. A região das Minas, especialmente Diamantina, possui como símbolo, em seu escudo, o diamante, principal riqueza que deu nome à cidade. O diamante também representa nobreza, poder, e acima de tudo, espiritualidade. A cidade de Orleans possui no escudo o símbolo da flor de lis, que representa a pureza, a castidade, e por coincidência, também a espiritualidade. Embora Chica seja uma mulher comum e Joana uma santa, ambas têm algo que as une: A coragem, ou seja, um coração forte. Daí ambas trazerem, em minha pintura, suas mãos direitas sobre o peito, enquanto as esquerdas sustentam os símbolos de suas respectivas cidades. A flor de liz está abaixo, pois a pureza é necessária para que o diamante do espírito possa ser lapidado. Ambas, juntas, sustentam a subida em direção ao céu, representada aqui pela escadaria da igrejinha do Serro, que aponta para cima, com sua forma que lembra um cristal, também típico da região. Mais acima, emoldurando a pintura, está o Passadiço, que para mim, é a representação arquitetônica mais forte da cidade de Diamantina. O Passadiço, que tem a forma de um arco, simboliza aqui a proteção. E possuindo ao centro duas janelas iguais, juntas, me remete a Jesus e Maria, cujos nomes estavam inscritos no estandarte que Joana Darc levava durante suas batalhas, e que certamente a protegeram.

Mais abaixo e nas laterais, a pintura está emoldurada com os desenhos que Saint Hilaire fazia para registar as plantas dessa região. Por fim, a cidade de Conceição do Mato dentro foi representada por um monumento natural, a Cachoeira do Tabuleiro, que, para minha surpresa, tem a forma de um coração, tendo sido pintada logo abaixo do nome de Maria, para que a água da vida, abençoada pela Mãe de Deus, possa irmanar essas quatro cidades e quem sabe um dia, todas as cidades do mundo, tornando a todos irmãos e filhos da Mãe Terra, tão amada por Saint Hilaire. Acho que ele merece ser aqui representado por estas mulheres incríveis, e abençoado pelo Filho e pela Mãe de Deus, aqui, nas Minas Gerais!"

Gisele Moura
 

Nanquim sobre pétalas
 acrílica sobre tela 
 30 cm
detalhe lateral
Sem medo de sonhar
(Mimosa, dormideira ou maria-fecha-a-porta - flor que nos florais de Minas cura o medo)
acrílica sobre tela
24  cm

detalhe lateral