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Prenda
Conjunto de telas em bastidores de bordado
Acrílica sobre tela
vendido

abaixo, cada uma com suas dimensões em diâmetros:
17cm
21cm
23cm
 26cm
31cm
31cm
 37cm
 41cm






Livro Sangue nas Vias - Margarida de Moura
Capa: Gisele Moura
Projeto gráfico: Alexandre Biciati
Organização: Maísa Moura
Coordenação editorial: Álvaro Gentil
Editora: Robertha Blasco

Margarida de Moura e Editora Asa de Papel
convidam para o lançamento do Livro Sangue nas Vias
04 de julho, a partir das 18:30 horas,  no Café Book
Rua Padre Rolim, 616, Santa Efigênia -BH/MG
inf.: (31) 3224-5748
 
 
(capa)
(contracapa)

(orelhas)





Exposição individual VILAMBA, de Gisele Moura
Local: Passo das Artes, Colégio Loyola
Av. do Contorno, 7919, Cidade Jardim, Belo Horizonte
Data: 22 de junho a 6 de julho de 2012

Horário de visita para visitantes externos:
8h às 9h30min, 11h às 12h, 14h às 15h30min e 17h às 18h


Vilamba é uma palavra em sânscrito que nomeia o silêncio existente entre nossos pensamentos. Da pausa entre os pensamentos nascem minhas pinturas. Elas não se originam de um conceito mental, mas de intuições que não se exprimem em palavras, e sim em cores e formas. As telas são nomeadas posteriormente, pois as palavras me remetem ao mundo da poesia, acrescentando movimento e som, ampliando o universo da pintura e apontando novos rumos.

A pausa, o silêncio, o vazio. E a contemplação.

Não é possível absorver a essência das coisas a partir de julgamentos, condicionamentos, da pressa ou impaciência. É preciso saber ver. A beleza está além de nossos conceitos. Ela não pode ser ensinada, mas sentida. Ela é um bem estar, uma sensação de plenitude, um acesso a um poder interno inerente a todo ser humano. Espero facilitar, através da arte, o acesso a este poder.

Gisele Moura 

Vilamba é o nome da recente exposição de pinturas de Gisele Moura. A artista buscou no sânscrito a palavra capaz de traduzir seu processo criativo. Vilamba é o “silêncio entre dois pensamentos”. Segundo Gisele, suas telas nascem a partir daí, desse lugar de pausa.  Sua produção é o resultado de uma quietude interior muito pessoal. Um movimento de introspecção profundo que faz emergir formas e cores. Os traços são tão precisos que parecem cadenciados pela respiração. Pontos e linhas minuciosos desenham mandalas e rendas que nos fazem parar diante delas e reparar em cada detalhe. A tinta amanhece e adormece paisagens. É o dia e a noite, a luz e a sombra, o começo e o fim. O tempo gira contínuo nas telas de Gisele como a vida que sempre renasce e se metamorfoseia. Diante das pinturas, o espectador fica paralisado, observando com olhos curiosos o virtuosismo técnico ou simplesmente admirando a beleza estética. Nesse momento, é como se o mundo atual agitado de compromissos e preocupações ficasse suspenso, em pausa. Vilamba.

Amanda Lopes
(curadora da Galeria Passo das Artes do Colégio Loyola)
 A rosa e os ventos
acrílica sobre tela
40 cm (diâmetro)
vendida
detalhe lateral
detalhe

Rosa dos ventos
Chico Buarque

E do amor gritou-se o escândalo
Do medo criou-se o trágico
No rosto pintou-se o pálido
E não rolou uma lágrima
Nem uma lástima
Pra socorrer
E na gente deu o hábito
De caminhar pelas trevas
De murmurar entre as pregas
De tirar leite das pedras
De ver o tempo correr
Mas, sob o sono dos séculos
Amanheceu o espetáculo
Como uma chuva de pétalas
Como se o céu vendo as penas
Morresse de pena
E chovesse o perdão
E a prudência dos sábios
Nem ousou conter nos lábios
O sorriso e a paixão
Pois transbordando de flores
A calma dos lagos zangou-se
A rosa-dos-ventos danou-se
O leito dos rios fartou-se
E inundou de água doce
A amargura do mar
Numa enchente amazônica
Numa explosão atlântica
E a multidão vendo em pânico
E a multidão vendo atônita
Ainda que tarde
O seu despertar
Amanhã de manhã quando a gente acordar
acrílica sobre tela
120 x 80 cm
vendida
detalhe

"Ver mundos no grão de areia,  
beleza inefável na flor silvestre;
conter o infinito na palma da mão
e a eternidade num instante."
(De "Augúrios da Inocência",  William Blake)
Como os reis tiveram o orbe no alto do cetro,
nós, crianças, tivemos o globo terrestre em nossa breve mão.
Eram azuis, os mares; coloridos, os continentes;
tantas linhas de alto a baixo, de Leste Oeste
... que podíamos localizar a nossa vaga pessoa
naquela vastidão.

Mas os reis pretenderam estar em todos os pontos
ao mesmo tempo.
E foram atravessados pelas batalhas, e agora
só nos jazigos seus nomes se encontrarão.

As crianças, porém, não queriam estar em parte alguma:
pulavam meridianos e paralelos com muita leveza.
Continuaram não estando em parte alguma.
Mas com alegria maior que da realeza:
a da libertação.

Cecília Meireles (do livro O Estudante Empírico)